Implantado em 2008, projeto social atendeu mais de mil crianças no estado.
Jornadas no interior são organizadas através de trabalho voluntário.
Cassio AlbuquerqueDo G1 AP
Biblioteca comunitária montada na comunidade São Tomé, no município de Itaubal do Piriri (Foto: Jonas Banho/Arquivo Pessoal)
Há seis anos a biblioteca itinerante infantil "Barca das Letras" leva o universo da literatura para as comunidades isoladas do Amapá. O projeto social tem o objetivo de valorizar o hábito da leitura através de trabalho voluntário desenvolvido em áreas ribeirinhas. Mais de mil crianças foram atendidas em 30 comunidades e cerca de dois mil livros foram doados.
A ideia surgiu em 2008, após o servidor público Jonas Banho, de 42 anos, desenvolver projeto semelhante com o "Arca das Letras", programa de incentivo à leitura promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Amapá.
Coordenador da 'Barca das Letras', Jonas Banhos
(Foto: Jonas Banhos/Arquivo Pessoal)
"Foi o meu primeiro contato com moradores de distritos e áreas ribeirinhas. A partir desse período fui criando minha conexão com as crianças. Elas gostavam de ouvir minhas histórias, riam das brincadeiras. Desde então surgiu a vontade de realizar um trabalho com elas", conta.
Em maio de 2008, Jonas deu o primeiro passo que levaria ao "Barca das Letras". Acompanhado de um amigo, viajou para a comunidade de São José do Ajuruxi, localizada no município de Mazagão, distante 70 quilômetros de Macapá. Com revistas em quadrinhos nas mãos, começou a distribuir e ler histórias. "Tive a ideia de levar uns gibis para as crianças. Fiz uma roda e comecei a distribuir para elas. Vi muitos olhinhos brilhando quando comecei a ler as historinhas", conta.
A experiência positiva incentivou Jonas a buscar apoio e iniciar as viagens pelas comunidades ribeirinhas. O trabalho inicial foi realizado com ajuda financeira de familiares, líderes de comunidades, voluntários e até de amigos do amapaense que moram em outros estados.
A partir da primeira viagem, o fundador da "Barca" começou a recolher livros através de doações. No primeiro ano do projeto foram visitados dez locais e cerca de 400 livros foram doados.
Voluntária do projeto social, Rita Amorim
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
No mesmo período, o amapaense fundou a ONG "Nossa Casa de Cultura e Cidadania", que através de parcerias com entidades privadas, deu início ao calendário de jornadas ao interiordo estado.
"Antes das visitas entramos em contato com os representantes das comunidades e eles autorizam a nossa ida. Geralmente um espaço é destinado para a construção das bibliotecas e das atividades recreativas realizadas com as crianças", explica Jonas.
A educadora Rita Amorim, de 38 anos, é uma das voluntárias do projeto. Ela cuida de um espaço no Centro de Macapá onde recebe as doações de livros e revistas. "Me apaixonei pela iniciativa. Desde então fico responsável em receber os livros doados no local e os organizo antes das viagens".
A auxiliar administrativo Ellen Ramos, de 34 anos, ajuda na doação dos títulos e acredita na importância do projeto nas áreas isoladas. "A gente tem perdido cada vez mais o hábito de ler o livro na cidade. Eles estão sendo substituídos pelos celulares e computadores, mas nos interiores essa realidade é diferente. Um livro tem uma importância muito maior para uma criança ribeirinha do que para uma da cidade", ressalta.
Estudante Malena Santos, de 18 anos
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
A estudante Malena Santos, de 18 anos, também doa livros para a entidade. "As pessoas leem um livro e depois esquecem na estante. Tem muita gente que queria ter um, mas não tem condições de comprar", conta.
O trabalho desenvolvido no Amapá ganhou projeção e a "Barca das Letras" também é realizada em outros sete estados. "Esse resultado é compensador. Mesmo com inúmeras dificuldades, o projeto atende cada vez mais pessoas. Isso é fruto do esforço de cada um que luta pela educação e acredita em um futuro melhor para nossas crianças", avaliou Jonas Banhos.
FONTE:
http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2014/04/barca-das-letras-leva-ha-6-anos-leitura-comunidades-isoladas-do-ap.html
Implantado em 2008, projeto social atendeu mais de mil crianças no estado.
Jornadas no interior são organizadas através de trabalho voluntário.
Cassio AlbuquerqueDo G1 AP
Biblioteca comunitária montada na comunidade São Tomé, no município de Itaubal do Piriri (Foto: Jonas Banho/Arquivo Pessoal)
Há seis anos a biblioteca itinerante infantil "Barca das Letras" leva o universo da literatura para as comunidades isoladas do Amapá. O projeto social tem o objetivo de valorizar o hábito da leitura através de trabalho voluntário desenvolvido em áreas ribeirinhas. Mais de mil crianças foram atendidas em 30 comunidades e cerca de dois mil livros foram doados.
A ideia surgiu em 2008, após o servidor público Jonas Banho, de 42 anos, desenvolver projeto semelhante com o "Arca das Letras", programa de incentivo à leitura promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Amapá.
Coordenador da 'Barca das Letras', Jonas Banhos
(Foto: Jonas Banhos/Arquivo Pessoal)
(Foto: Jonas Banhos/Arquivo Pessoal)
"Foi o meu primeiro contato com moradores de distritos e áreas ribeirinhas. A partir desse período fui criando minha conexão com as crianças. Elas gostavam de ouvir minhas histórias, riam das brincadeiras. Desde então surgiu a vontade de realizar um trabalho com elas", conta.
Em maio de 2008, Jonas deu o primeiro passo que levaria ao "Barca das Letras". Acompanhado de um amigo, viajou para a comunidade de São José do Ajuruxi, localizada no município de Mazagão, distante 70 quilômetros de Macapá. Com revistas em quadrinhos nas mãos, começou a distribuir e ler histórias. "Tive a ideia de levar uns gibis para as crianças. Fiz uma roda e comecei a distribuir para elas. Vi muitos olhinhos brilhando quando comecei a ler as historinhas", conta.
Em maio de 2008, Jonas deu o primeiro passo que levaria ao "Barca das Letras". Acompanhado de um amigo, viajou para a comunidade de São José do Ajuruxi, localizada no município de Mazagão, distante 70 quilômetros de Macapá. Com revistas em quadrinhos nas mãos, começou a distribuir e ler histórias. "Tive a ideia de levar uns gibis para as crianças. Fiz uma roda e comecei a distribuir para elas. Vi muitos olhinhos brilhando quando comecei a ler as historinhas", conta.
A experiência positiva incentivou Jonas a buscar apoio e iniciar as viagens pelas comunidades ribeirinhas. O trabalho inicial foi realizado com ajuda financeira de familiares, líderes de comunidades, voluntários e até de amigos do amapaense que moram em outros estados.
A partir da primeira viagem, o fundador da "Barca" começou a recolher livros através de doações. No primeiro ano do projeto foram visitados dez locais e cerca de 400 livros foram doados.
Voluntária do projeto social, Rita Amorim
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
No mesmo período, o amapaense fundou a ONG "Nossa Casa de Cultura e Cidadania", que através de parcerias com entidades privadas, deu início ao calendário de jornadas ao interiordo estado.
"Antes das visitas entramos em contato com os representantes das comunidades e eles autorizam a nossa ida. Geralmente um espaço é destinado para a construção das bibliotecas e das atividades recreativas realizadas com as crianças", explica Jonas.
A educadora Rita Amorim, de 38 anos, é uma das voluntárias do projeto. Ela cuida de um espaço no Centro de Macapá onde recebe as doações de livros e revistas. "Me apaixonei pela iniciativa. Desde então fico responsável em receber os livros doados no local e os organizo antes das viagens".
A auxiliar administrativo Ellen Ramos, de 34 anos, ajuda na doação dos títulos e acredita na importância do projeto nas áreas isoladas. "A gente tem perdido cada vez mais o hábito de ler o livro na cidade. Eles estão sendo substituídos pelos celulares e computadores, mas nos interiores essa realidade é diferente. Um livro tem uma importância muito maior para uma criança ribeirinha do que para uma da cidade", ressalta.
Estudante Malena Santos, de 18 anos
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
A estudante Malena Santos, de 18 anos, também doa livros para a entidade. "As pessoas leem um livro e depois esquecem na estante. Tem muita gente que queria ter um, mas não tem condições de comprar", conta.
O trabalho desenvolvido no Amapá ganhou projeção e a "Barca das Letras" também é realizada em outros sete estados. "Esse resultado é compensador. Mesmo com inúmeras dificuldades, o projeto atende cada vez mais pessoas. Isso é fruto do esforço de cada um que luta pela educação e acredita em um futuro melhor para nossas crianças", avaliou Jonas Banhos.
FONTE:
http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2014/04/barca-das-letras-leva-ha-6-anos-leitura-comunidades-isoladas-do-ap.html
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Abraços fraternos,
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