domingo, 1 de julho de 2012

A Barca das Letras: navegando ao encontro dos esquecidos


A BARCA DAS LETRAS
Navegando ao encontro dos esquecidos

 Como uma atitude solidária está levando cultura e valorizando a arte popular dos ribeirinhos da Amazônia, (quase) sem apoio governamental.

Caso quiséssemos definir o movimento NossaCasa de Cultura e Cidadania, que leva em frente o projeto Barca das Letras, diríamos um rio de coisas a seu respeito. Chegaríamos a vários lugares e nos aprofundaríamos no debate sobre a valorização e o amor à arte popular e às populações ribeirinhas. Capitaneada por Jonas Banhos e uma tripulação companheira que muda de sotaque a cada porto, a “Barca das Letras” tem mapeado, instigado e registrado as mais diversas expressões culturais da Região Amazônica, levando a alegria da Rádia Megafônica NossaCasa Amazônia Livre, na simplicidade e criatividade de um megafone que transmite literatura em verso e prosa a muitas comunidades ribeirinhas onde não há acesso à leitura.

A “Barca das Letras” é: biblioteca comunitária ambulante que doa livros por onde passa, sala de leitura, varal de poesia e fotografia, brincadeira de criança, show de música popular, divulgação de talentos, teatro ao ar livre. É novidade bem-vinda que chega como chuva após longa estiagem.

Também denuncia, reclama, polemiza sobre a falta de políticas públicas para os povos dessa imensa nação chamada Amazônia. Quilombola, ribeirinha, indígena, cabocla, retirante, migrante, a “Barca das Letras” representa uma atitude de inconformismo ao não reconhecimento de comunidades produtoras de cultura e conhecimentos que vivem à margem das benesses governamentais em todos os níveis.


Contemplado com o prêmio Tuxaua Cultura Viva 2010 do Ministério da Cultura, Jonas Banhos traz à tona na “Barca das Letras”, a problemática da falta de incentivo e fomentação à cultura popular enfatizando as comunidades ribeirinhas da Amazônia, mas sem esquecer de outros grupos que também não têm acesso aos programas oficiais de incentivo à cultura.


Jonas é o palhaço saltimbanco que leva alegria sem cobrar nada; distribui cultura somente para ver um sorriso tímido virar gargalhada; semeia respeito às tradições culturais; incentiva a preservação da natureza e da Arte Popular para, em seguida, tocar o apito da sua "barca", avisando que está partindo, depois de ver sua missão cumprida e que, em breve, vai aportar em outras paragens.

 

 

ROZANA BARROS

Professora, historiadora, poetiza e fotógrafa.

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Para mais informações entre em contato conosco pelo barcadasletras@gmail.com.

Boas leituras!!!

Abraços fraternos,

Jonas Banhos
http://barcadasletras.blogspot.com.br/